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Ibá discute o novo momento do papel no 13º Congresso Anual Latino-Americano da RISI

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) participa do debate “Papel de impressão e especialidade: a indústria de papel de jornal e escrita vive um renascimento?”, que pretende discutir  o novo momento do mercado de newsprinting e a importância de ações cooperativas no combate a concorrência desleal, que inunda o mercado com papel com desvio de finalidade. O debate será no dia 15 de agosto, às 15h, durante o 13º Congresso Anual Latino-Americano da RISI.

A palestra contará também com a participação de Leonardo Grimaldi, Diretor Executivo de Papel da Suzano; Iris Chyi, da University of Texas; e Levi Ceregato, presidente Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF).  O Congresso inteiro terá três dias, entre 13 e 15 de agosto, no Hotel Renaissance, em São Paulo.

Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Ibá, explica que apesar do momento social de grande conexão e digitalização, o mercado de papel não será extinto. O consumo de papel de imprimir e escrever ainda deve crescer em regiões emergentes como parte da Asia, da Europa Oriental e América Latina.  Adicionalmente pesquisas indicam as preferências de consumidores pelo papel e maior confiança em materiais impressos comparativamente a materiais digitais. Pesquisa da Two Sides indica que 72% preferem consumir livros e revistas por meio do material impresso, enquanto 55% preferem ler uma notícia em um jornal físico do que online. Outro ponto é que 67% dos entrevistados concordam que gastam muito do seu tempo com dispositivos eletrônicos, ou que há sobrecarga digital em sua vida. “As pessoas gostam de estar conectados, mas para ler consideram livros e revistas impressas mais agradáveis. Além disso, sentem preocupados com os eventuais impactos da extrema exposição a dispositivos eletrônicos em sua saúde e acreditam que vale a pena ficar offline e apreciar livros e revistas impressas, meios com mais credibilidade em um mundo de fake News”, disse Elizabeth de Carvalhaes.

Além disso, o debate deverá abordar ações desenvolvidas de forma cooperativa entre empresas, associação e poder publico, para controlar do desvio de finalidade do papel imune, que tem causado prejuízos aos cofres públicos de cerca de R$ 3,5 bilhões em 10 anos e criado concorrência desleal em todo o Brasil. Esta é uma das fortes linhas de ação do setor, que visa garantir a competitividade dos produtores de papel em um mercado inundado com papel ilegal. 

“Os esforços da Receita Federal do Brasil, das Secretarias de Fazendo dos Estados e de toda a cadeia produtiva do papel, gráficas e embalagens têm resultado em uma pressão no mercado de desvio de finalidade do papel imune. Mas com a perspectiva de retomada econômica, essa prática pode acelerar, por isso, é fundamental intensificar a fiscalização e fazer com que o RECOPI transforme-se, de fato, em um sistema de alcance nacional, com a regulamentação e habilitação por parte de todos os Estados”, disse Elizabeth de Carvalhaes.